03/04/2025- Relatório expõe frigoríficos avícolas dos EUA com níveis alarmantes de contaminação

A Consumer Reports divulgou seu relatório sobre os frigoríficos avícolas mais contaminadas nos Estados Unidos, e os resultados são preocupantes para quem gosta de frango ou peru. 

Em março, a Consumer Reports compartilhou suas descobertas após avaliar dados do Food Safety and Inspection Service (FSIS) dentro do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Os dados, observou, são compartilhados publicamente pela organização, que “publica o status da categoria de plantas individuais com base nos resultados dos testes de Salmonella”. 

Dentro dos dados do FSIS, as plantas são classificadas em três categorias: a categoria um inclui as “plantas de melhor desempenho que atingiram 50% ou menos do percentual máximo permitido de positividade para Salmonella durante a janela de um ano mais recente”. A categoria dois inclui plantas de desempenho médio, que atendem ao “porcentual máximo permitido de positividade, mas têm alguns resultados maiores que 50% do percentual máximo permitido de positividade para Salmonella”. Por fim, as plantas da categoria três representam as instalações de pior desempenho com “resultados que excedem o percentual máximo permitido de positividade para Salmonella”. Isso também significa que “as condições nessas plantas tornam muito difícil controlar a contaminação por Salmonella”. 

De acordo com os dados, há 56 plantas localizadas em 22 estados diferentes que se enquadram na temida designação de categoria três, o que significa que elas apresentam riscos de contaminação acima da média há pelo menos seis meses.

“Sempre haverá um punhado de plantas. Mas neste caso, havia mais de 50 que realmente têm uma dificuldade extrema em controlar a prevalência de salmonela em seus estabelecimentos”, Brian Brian Ronholm, diretor de política alimentar da Consumer Reports, compartilhou com a Food & Wine. “Foi um tanto alarmante ver que eram mais de 50.”

Algumas das plantas com pior desempenho incluem a instalação da Butterball em Mount Olive, Carolina do Norte, que produz peru moído; a instalação da Tyson Foods em Springdale, Arizona, que processa carcaças de frango jovens sob sua própria marca; a Perdue Foods em Washington, Indiana, que processa peru; e a HEB Meat Plant em San Antonio, Texas, que processa frango. A lista também inclui a Lincoln Premium Poultry em Fremont, Nebraska, que processa frango para a Costco.

“Foi surpreendente ver isso porque, honestamente, a Costco é uma das empresas com melhor desempenho quando se trata de padrões de segurança alimentar”, disse Ronholm.

Embora essas informações possam parecer esmagadoras, é essencial reconhecer que há muitas maneiras de se proteger. Na verdade, você deve implementar todas essas medidas independentemente de onde seus produtos de carne se originam. Isso ocorre porque, como Ronholm explicou, o governo dos EUA essencialmente coloca a responsabilidade sobre nós de prevenir a salmonela cozinhando adequadamente nossos alimentos. “O ônus está sobre o consumidor para garantir que o frango seja seguro porque o sistema regulatório certamente não está em posição de garantir isso de forma alguma”, disse ele.

A Consumer Reports não deixou as pessoas na dúvida sobre como se manter seguro. Ela observou que há maneiras fáceis de se manter seguro, incluindo lavar as mãos com água morna e sabão durante o processo de cozimento e limpar as facas usadas na carne antes de usá-las para outros alimentos. Além disso, os consumidores devem sempre usar tábuas de corte separadas para carne e outros alimentos, garantir que as aves atinjam uma temperatura interna de 73.89 °C (usando um termômetro de carne para verificação) e armazenar carne crua em um saco ou tigela na geladeira para evitar vazamentos. Também é importante descongelar a carne congelada corretamente na geladeira para mantê-la abaixo de 4.44 °C para “impedir o crescimento de bactérias”.

Fonte: Food & Wine

Créditos da Imagem: Agrimídia