03/09/2025- Auditores fiscais agropecuários debatem sanidade e privatização das inspeções
O setor de avicultura, um dos pilares do agronegócio nacional e maior exportador de carne de frango do mundo, celebra o Dia da Avicultura em 28 de agosto com um debate sobre desafios importantes. O principal destaque é o papel dos auditores fiscais federais agropecuários na garantia da credibilidade dos produtos brasileiros por meio de rígidos protocolos sanitários.
No entanto, o setor enfrenta desafios como o impacto da influenza aviária detectada em uma granja comercial no Rio Grande do Sul e a proposta de privatização das inspeções oficiais ante mortem e post mortem de animais destinados ao abate.
A avicultura brasileira é referência global. Desde o primeiro embarque internacional, em 1975, o Brasil exportou quase 100 milhões de toneladas de carne de frango para mais de 150 países. Em 2024, o setor bateu recorde histórico com 5,3 milhões de toneladas exportadas. No entanto, a confirmação de influenza aviária em maio levou ao fechamento temporário de mercados estratégicos e derrubou o desempenho das exportações, com retrações de 12,9% em maio, 21,2% em junho e 13,8% em julho, em comparação com os mesmos meses do ano passado.
O episódio, contudo, evidenciou a eficiência do sistema de defesa sanitária nacional. A rápida contenção da doença só foi possível graças ao trabalho dos profissionais, que retardaram a chegada do vírus às granjas comerciais e atuaram de forma imediata no primeiro foco confirmado. Essa resposta preservou a imagem do Brasil perante parceiros internacionais e evitou prejuízos ainda maiores.
Outro tema que preocupa o setor é a proposta de privatização das inspeções oficiais. A medida pretende transferir à iniciativa privada a fiscalização realizada nos frigoríficos, o que, para o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), comprometeria a independência, a transparência e a isenção das análises. O Anffa Sindical é contrário à proposta, pois entende que a delegação dessa atividade típica de Estado enfraquece o sistema de defesa agropecuária, abre riscos à saúde da população e coloca em xeque a credibilidade do Brasil no comércio internacional.
O sindicato reforça que a posição de destaque do Brasil no setor é resultado direto de protocolos rígidos e da fiscalização pública séria, que garante a segurança e a qualidade dos produtos. Proteger essa atividade é defender a economia, a saúde pública e a imagem internacional do Brasil.
Fonte: ANFFA
Créditos de Imagem: Agrimídia

Contato
Área Restrita


