09/06/2025- “O sistema brasileiro funcionou”, diz ministro sobre controle da Influenza Aviária no Brasil
Durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (4), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reforçou o compromisso do governo federal com a transparência e o controle sanitário diante do caso de Influenza Aviária, mais conhecida como gripe aviária, registrado em uma granja comercial no Brasil.
Segundo o ministro, todas as ações, investigações e medidas estão sendo comunicadas com clareza, tanto para o mercado interno quanto para os compradores internacionais e, principalmente, para a população brasileira, reforçando a segurança no consumo de carne de frango e ovos.
O ministro comparou a situação brasileira com a de outros países. “Nos Estados Unidos, já foram abatidas 170 milhões de aves. No Brasil, apenas 17 mil. Isso mostra a robustez do nosso sistema de controle”, declarou.
Fávaro informou que o país já está na metade do chamado “vazio sanitário”, um período de 28 dias de observação sem novos registros da doença. “Estamos com 14 dias sem mortes de animais, o que comprova que o caso não se espalhou para fora da granja. O sistema brasileiro funcionou”, destacou.
Mesmo diante da contenção do surto, o ministro reafirmou que o estado de emergência será mantido. “Vamos continuar ampliando as investigações com total transparência. Hoje temos oito casos sob investigação, todos fora de granjas comerciais. O último caso sob suspeita em uma granja comercial, foi Antagorda (RS), deu negativo.”
Sobre o caso recente envolvendo animais do zoológico de Brasília, Fávaro esclareceu que se trata de contaminação em animal silvestre, como outros 168 casos registrados nos últimos dois anos, e que não acarretam restrições comerciais. “Hoje, são 169 casos de animais silvestres confirmados no Brasil, sem necessidade de alarde”, afirmou.
Atualmente, o Brasil enfrenta restrições comerciais impostas por 21 países, além de suspensões específicas no Rio Grande do Sul (14 países) e no município de Montenegro (4 países). No entanto, o ministro anunciou o início de negociações para flexibilizar essas barreiras. “Já iniciamos tratativas com países como China, União Europeia e México. A União Europeia, por exemplo, nos enviou um questionário que já respondemos. Estamos aguardando uma resposta positiva.”
Fávaro explicou que, por protocolos internacionais, o prazo de 28 dias precisa ser cumprido antes que alguns países reconsiderem suas restrições. Contudo, ressaltou que o diálogo tem sido construtivo e proativo com diversas nações. “Iraque, Coreia do Sul, África do Sul e outros países também já iniciaram negociações para reduzir o raio das restrições e retomar o comércio com o Brasil.”
A expectativa do governo é que, ao fim do vazio sanitário, a confiança internacional seja restabelecida e as exportações voltem à normalidade, mantendo o status do Brasil como um dos principais exportadores de proteína animal do mundo.
Situação atual das suspensões de exportações de aves e produtos
Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil
(21 países): China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Peru, Albânia, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Índia, Sri Lanka, Macedônia do Norte e Paquistão.
Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul
(1 bloco + 13 países): União Econômica Euroasiática (UEE – Rússia, Bielorrússia, Armênia, Quirguistão) Arábia Saudita, Kuwait, Reino Unido, Angola, Turquia, Bahrein, Cuba, Montenegro, Namíbia, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e Ucrânia.
Suspensão limitada ao município de Montenegro-RS
(4 países): Emirados Árabes Unidos, Japão, Catar e Jordânia.
Regionalização em negociação:
21 países: União Europeia, Filipinas, África do Sul, Peru, Índia, China, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Albânia, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor Leste, Marrocos, Sri Lanka, Macedônia do Norte e Paquistão.
Fonte: Agrimídia
Créditos de Imagem: Agrimídia

Contato
Área Restrita


