+55 (51) 3228-8844
coesars@coesars.com.br

15/10/2025 - Instabilidade climática pressiona avicultura e exige novas estratégias de manejo

Sistemas de ventilação, monitoramento ambiental e dietas ajustadas ajudam a reduzir o impacto do estresse térmico nos plantéis.

Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado uma crescente instabilidade nas temperaturas, com mudanças drásticas ocorrendo de um dia para o outro. Este fenômeno desafia não apenas o cotidiano das pessoas, mas também coloca uma forte pressão na criação de animais.

Na avicultura, por exemplo, que é considerada um dos motores do agronegócio brasileiro, as alterações climáticas têm colocado em alerta criadores de aves de todas as regiões do país.

De acordo com a nutricionista animal da Quimtia Brasil, Juliana Forgiarini, é essencial que os avicultores adotem uma abordagem integrada que combine estratégias ambientais e nutricionais. Segundo ela, a otimização da ambiência nos galpões é crucial. “Isso inclui a implementação de sistemas de ventilação eficazes, nebulização e resfriamento evaporativo. Essas medidas ajudam a manter uma zona de conforto térmico ideal, mesmo quando as temperaturas externas flutuam drasticamente”, explica, destacando que monitorar continuamente as condições internas também é essencial.

Juliana pontua que tecnologias que registram em tempo real a temperatura e umidade permitem ajustes rápidos e precisos, garantindo um ambiente estável para as aves.

As mudanças repentinas de temperatura podem gerar diversos efeitos negativos nas aves, provocando um quadro de estresse térmico que compromete sua saúde e produtividade. As aves tendem a reduzir o consumo de ração e água, impactando negativamente a conversão alimentar e o ganho de peso. Isso resulta em menor eficiência produtiva e qualidade dos produtos, como carne e ovos. “Além disso, o estresse aumenta a vulnerabilidade a doenças, elevando as taxas de mortalidade. E essa combinação de fatores eleva não só as perdas zootécnicas significativas, mas também um impacto financeiro negativo e multifacetado aos produtores”, afirma.

Alimentação ajustada

No âmbito nutricional, a formulação de dietas específicas que incluam aditivos para o equilíbrio da microbiota intestinal, digestibilidade aprimorada dos nutrientes e suporte antioxidante é fundamental para mitigar o impacto do estresse térmico.

Além disso, a suplementação com eletrólitos e vitaminas via água ou ração pode ajudar a restaurar o equilíbrio eletrolítico das aves e potencializar suas defesas. “Capacitar equipes de manejo através de treinamento contínuo é igualmente importante para assegurar que os sinais de estresse sejam detectados precocemente e que as medidas corretivas sejam implementadas de forma eficiente”, ressalta.

Embora muitos avicultores já tomem medidas para enfrentar os desafios climáticos, essas ações são, em grande parte, reativas e podem não ser totalmente otimizadas. “Ter uma abordagem proativa e bem-informada é fundamental não apenas para manter, mas também para melhorar a produtividade e rentabilidade dos avicultores brasileiros”, salienta Juliana.

 

Fonte: Assessoria Quimtia Brasil/O Presente Rural
Créditos de imagem:O presente Rural

Galeria de fotos
Sem título