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15/12/2025 - Especialistas holandeses mostram-se profundamente preocupados com o atual surto de IAAP

“O grupo de especialistas holandeses em doenças animais que assessora o Ministério da Agricultura em questões de gripe aviária, mostra-se profundamente preocupado com a situação atual da gripe aviária na Holanda”.

A declaração é de Arjan Stegeman, professor de Saúde Animal na Universidade de Utrecht e presidente do grupo de especialistas. Ele também alerta que o método atual de combate à gripe aviária está desatualizado.

Stegeman descreve a situação atual como “grave”. Pesquisas recentes da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) mostraram que, entre setembro e meados de novembro, mais de 1.400 casos do vírus foram detectados em aves selvagens em 26 países da UE.

Esse número é quatro vezes maior do que no mesmo período do ano passado e o maior registrado para esse período desde 2016. Desde meados de outubro, uma ordem de confinamento vigora na Holanda, tanto para granjas comerciais quanto para criadores amadores.

O elo fraco

O cumprimento rigoroso das medidas de biossegurança nas granjas avícolas – como a limpeza de calçados e a troca de vestuário – é crucial para o combate à gripe aviária, segundo a EFSA. A detecção precoce de infecções e o abate rápido das granjas infectadas também são necessários.

Porém, segundo Stegeman, é exatamente aí que reside o ponto fraco. “Esse método data de uma época em que a gripe aviária ainda era rara e o abate de aves em granjas garantia o desaparecimento do vírus. Mas agora há casos constantes de gripe aviária entre aves selvagens, em vez de nas granjas.”

Medidas preventivas

Stegeman defende medidas preventivas, incluindo a vacinação. Os testes já estão em andamento. “Não podemos vacinar todas as galinhas de uma só vez. É necessário um cronograma preventivo no qual os pintinhos recebam a vacina e, possivelmente, uma segunda dose mais tarde. Dentro de um ano, a maioria das granjas de postura estará vacinada”, prevê o professor. Os primeiros resultados do teste de vacinação são esperados para o início do próximo ano.

“Acho que todos estão preocupados, inclusive o Ministério da Agricultura”, diz Stegeman. “Em um cenário favorável, o vírus poderia desaparecer, porque uma grande parte da população se torna imune devido ao alto número de infecções, mas já vimos antes que isso nem sempre acontece. A única coisa que podemos fazer agora é implementar medidas de segurança nas granjas avícolas. Uma vacina é algo para o longo prazo.”


Fonte: AviSite/ANP
Créditos de Imagem: Banco de imagens ASGAV/AviSite

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