30/07/2025 - Foco de Influenza Aviária em aves de subsistência no Ceará aciona plano emergencial de biosseguridade
Um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), subtipo H5N1, foi confirmado na zona rural do município de Quixeramobim, no Ceará, em aves de subsistência. A confirmação veio no dia 17 de julho, após análise feita pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Campinas, e ativou imediatamente o Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
O foco foi detectado em uma propriedade de criação doméstica, onde havia contato direto entre aves e uma fonte de água utilizada por aves silvestres — fator que pode ter facilitado a transmissão do vírus.
A resposta rápida das autoridades sanitárias estaduais e federais garantiu a execução de ações emergenciais de contenção e monitoramento, com foco total em evitar a disseminação da doença e preservar a sanidade avícola da região.
Quais medidas foram adotadas após a confirmação de Influenza Aviária?
Assim que o caso foi confirmado, o Serviço Veterinário Oficial do Ceará interditou a propriedade afetada e iniciou um conjunto de ações coordenadas:
- Eutanásia das aves doentes e das demais existentes na propriedade;
- Instalação de barreira sanitária no entorno da criação;
- Desinfecção de veículos e pessoas que circularam pela área;
- Enterro das aves e materiais contaminados em vala sanitária;
- Investigação epidemiológica em um raio de 10 quilômetros;
- Reforço na orientação aos moradores da região sobre biosseguridade.
A operação contou com a participação de sete auditores fiscais e um agente da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), com apoio da Prefeitura de Quixeramobim e da Superintendência Federal de Agricultura (SFA-CE).
O consumo de carne e ovos está liberado?
Sim. Mesmo diante do foco, os órgãos oficiais reforçam que não há riscos no consumo de carne de frango ou ovos, desde que provenientes de locais inspecionados e devidamente armazenados. A Influenza Aviária não é transmitida por meio da ingestão de alimentos preparados corretamente, o que garante a segurança para o consumidor.
Por que a influenza aviária é tão preocupante?
A gripe aviária, especialmente na sua forma de alta patogenicidade, é uma doença de notificação obrigatória que compromete diretamente a saúde animal e tem impacto internacional. Um foco em aves domésticas, ainda que de subsistência, exige resposta imediata para evitar que o vírus se espalhe para granjas comerciais ou interfira nas exportações.
Até o momento, o Brasil já registrou 181 casos da doença em 2025 — sendo a maioria em aves silvestres. Casos em aves de subsistência, como este, ainda são raros, mas requerem atenção redobrada.
A importância da biosseguridade no campo
Este episódio reforça a necessidade de aplicar medidas básicas de biosseguridade também em pequenas criações: isolamento das aves, restrição de acesso de pessoas, cuidado com a alimentação e, especialmente, a não exposição das aves a ambientes compartilhados com animais silvestres.
Quando produtores de subsistência compreendem seu papel dentro do sistema de defesa sanitária, toda a cadeia produtiva sai ganhando.
Perguntas frequentes (FAQ)
O que é a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1)?
É uma forma grave da gripe aviária, altamente contagiosa entre aves, que pode causar alta mortalidade em curto tempo.
Onde foi registrado o foco no Ceará?
Na zona rural de Quixeramobim, em uma propriedade com criação de aves de subsistência.
Como a contaminação pode ter ocorrido?
A suspeita é de que houve contato entre aves domésticas e silvestres em uma fonte de água próxima à criação.
As aves foram sacrificadas?
Sim. Todas as aves da propriedade foram eutanasiadas como medida de contenção sanitária.
Existe risco para o consumo de carne e ovos?
Não. O consumo é seguro desde que os produtos venham de fontes fiscalizadas e estejam corretamente armazenados e preparados.
Fonte: Biosseguridade.com
Créditos de Imagem: Portal Adagri

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